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Como planear uma viagem em 20 minutos

E sem sair da secretária...

Email do programa TAP Victoria: “Blá, blá, blá… as suas milhas expiram daqui a 2 dias.”

(estava fartinho de saber mas ia adiando, adiando…)

Cabeça a carburar rapidamente: “Mmmm… tenho de gastar estas milhas. Mmmm, para onde é que hei-de ir? E quando? Mmmm…”

Messenger: “Ei, tens o telefone do Morango? Eu tenho o email mas ele demora sempre muito a responder.”

Messenger: “Acho que não mas deixa ver... Por acaso estás com sorte, tenho aqui o telemóvel. Anota aí”.

Envio de SMS: “Com 1 ano de atraso, ia aí passar 2 semanas. A tua oferta hospitaleira está de pé? Março ou Abril, pode ser? Mandei-te email. Abraço. André Parente.”

Telefonema (2 minutos depois do SMS): “Como é!? Vens cá? Bora! Vem agora em Fevereiro, o tempo está melhor e ainda hoje estavam altas ondinhas. A água é que está fria, traz fato.”

Site da TAP Victoria: Pesquisa, reserva de voos, pagamento com milhas e cartão de crédito (taxas).

Feito, parto para a semana! Agora tenho que treinar o Francês.

Sim Comandante!

A porta fecha-se atrás de mim e uma voz aponta-me o lugar onde me devo sentar, o tal que eu estava a torcer desde manhã para me calhar. “Uau, que visão”. Parece que entro noutra dimensão, num cenário real de um filme do qual sou um dos actores principais.

Estamos estacionados no aeroporto de Lisboa, à noite, e já recebemos ordem para descolar. O meu comandante dá-nos uma lição muito rápida sobre alguns instrumentos de voo e insere algumas informações necessárias no computador.

- André, vou-te pedir para dar potência nos motores e acelerar para a descolagem, empurrando lentamente essas duas alavancas para a frente. Isso mesmo, essas. Para a frente.

Ouve-se o barulho dos motores e o avião começa a rodar na pista.

- Mais um bocadinho. Mais, mais… não é preciso toda. Está bom.

As luzes da pista e do aeroporto começam a passar rápido pelas janelas e sente-se as rodas a calcar as irregularidades do asfalto. Acelera, acelera, acelera e…

- Pronto, estamos no ar. Vou-me esquecer de recolher os flaps e o trem de aterragem para vocês verem como “ele” nos avisa. Toca um alarme.

- André, flaps para a posição 1 e trem de aterragem para cima. Aí, nessas alavancas. Isso mesmo.

Estamos mesmo no ar. Olho pelas janelas, para baixo, como se estivesse mesmo lá alguma coisa. E está. A ponte 25 de Abril, a marginal, Cascais lá ao fundo do lado direito. Passamos algumas zonas de turbulência pesada, ficamos algum tempo no meio de uma nuvem escura… até que nos aparece, lá ao longe, outro avião na nossa direcção, em zona de conflito.

- Traffic! Traffic! - avisa a voz do computador. Não é tão sensual como a voz da brasileira de mora no meu GPS, mas é eficaz.

Não nos desviamos e mantemos a rota de conflito, só para ver o que acontece.

- Descend! Descend! - o meu comandante obedece à ordem e o outro avião passa por cima de nós, tranquilamente e sem abanar.

Começamos a dar a volta para regressar. O simulador tem uma taxa de ocupação de 100% e há gente que precisa dele para trabalhar.

- Estão a ver a pista lá o fundo? Aquela faixa de luz que termina em vermelho? André, estás a ver esse joystick ao teu lado direito? Posso pedir-te para o usares para alinhar o avião com a pista?

Não hesito. Começo a virar o bicho para a direita. “Ups, já foi demais. Um toquezinho para a esquerda, agora outro para a direita. Mmm… acho que ainda não está bem”. Tento olhar para os monitores mas nunca gostei muito de jogar esse tipo de jogos no ZX Spectrum. Sempre preferi o Manic Miner, o Chuckie Egg, o Match Day, o Match Point e outros. E ainda confio mais nos meus olhos. Baixo o nariz do avião, empurrando o joystick para a frente, conforme indicação do comandante.

- Agora é melhor eu ajudar. Fazemos os dois.

- É melhor, é. Senão eu ainda espeto com isto no chão e é uma chatice.

Para mim, a ida ao simulador foi o auge destes dois dias de curso intensivo. Houve mais coisas importantes como, por exemplo, muita informação técnica e operacional que me fez compreender uma série de dúvidas que eu sempre usei para, sozinho no meu lugar de corredor, inventar um monte de filmes e enredos que, invariavelmente, acabam em desgraça. Para outras pessoas do grupo terá sido outra coisa (o voo final Lisboa-Madrid-Lisboa, por exemplo) mas o simulador foi, de facto, a experiência que provocou o “click” na minha cabeça. O “click” que, tenho grandes esperanças, me vai fazer encarar as próximas viagens de avião de uma forma muito mais tranquila.

Com ou sem Lexotans, vamos ver na próxima sexta-feira. Tenho malas para fazer, vemo-nos na Índia!

Vista exterior do simulador do Airbus A330/A340.

Para informações sobre o programa Ganhar Asas, podem ver o site da TAP ou da UCS.

Ganhar Asas

Dou por mim a tentar evitar o inevitável.

“Pois… para a semana não posso mesmo, vou estar muito ocupado com qualquer coisa que já nem me lembro. Se calhar é melhor ficar para Outubro ou Novembro”.

É assim o medo. Medo, receio, nervosismo, ansiedade, pânico… dêem-lhe o nome que quiserem… mas a verdade, mais ou menos pública, é que não me sinto nada confortável dentro de um avião e só suporto viagens de médio-longo curso à base de comprimidos.

Ora, palavra puxa palavra, um email para aqui outro para ali, um conhecimento e uma conversa ditaram um tratamento de choque para esta maleita.

Já conhecia este programa “de boca” e por ter lido algumas coisas muito positivas a respeito e, dada a natureza da minha nova “profissão”, tenho, obviamente, todo o interesse em fazê-lo. Ainda assim, ali estava eu a tentar ludibriar as simpáticas responsáveis pelo programa (e a mim próprio) com uma pseudo agenda complicada.

Começa tudo esta semana, com uma avaliação psicológica necessária para ser admitido no curso, e termina no final do mês, com um voo de ida e volta a Madrid (Madrid, Spanair… ring a bell? Não é preciso dizer nada, pois não? É assim que o medo funciona, acreditem.)

Quando, já faz alguns anos, fui à inspecção para a tropa, acabei por ficar “inapto” porque tenho pólipos no nariz e fiz-me acompanhar de um TAC e um relatório muito explícito e incisivo do meu médico. Acho que vou levar esses documentos e responder nos questionários que o meu pai me batia na cabeça quando era pequenino. Pode ser que assim não passe a primeira fase. ;)

PS - Vou aproveitar a ida a Lisboa para tirar o visto para a viagem que tenho marcada para Outubro. Quem sabe, já sem Lexotans!

Revolução no ar

A indústria da aviação está a viver o seu período de maior revolução desde o aparecimento das Low Cost. De facto, a crise do petróleo veio acelerar um conjunto de estratégias que já se vinham a verificar aos poucos nos últimos anos.

A fusão das já de si gigantes Air France e KLM abriu caminho para muitas mais. A British Airways e a Ibéria, por exemplo, já anunciaram o mesmo movimento para se concretizar dentro de um ano. Nas Low Cost, a Clickair, por exemplo, vai deixar cair a marca e juntar-se à Vueling.

E agora, surge a notícia de um relatório de um banco de investimento britânico que lista as companhias que têm mais e menos hipóteses de sobreviver depois do choque petrolífero. Felizmente, a nossa companhia nacional é uma das contempladas na lista das que se safam e, como toda a gente sabe, estes relatórios são como profecias auto-realizadoras.

Parece-me a mim, que sou apenas um leigo e curioso do assunto (e um menino mimado!), que o futuro da TAP irá inevitavelmente passar, em primeiro lugar, pela privatização e, depois, pela fusão com outra integrante da Star Alliance. Já se falou em tempos da Swissair (agora apenas Swiss) e acho que a Lufthansa também poderia ser uma boa candidata… mas eu preferia, de longe, que fosse com a Singapore Airlines. Já estou a imaginar um voo directo Porto-Bali… menino, lá se iam os meus Euros! E, muito importante, sem ter que pagar taxa extra pelas pranchas de surf que, ao contrário da TAP, é a politica praticada pela companhia asiática.

O ponto menos positivo disto tudo será os preços dos bilhetes. A forte competitividade na indústria e a diversidade da oferta tem garantido preços cada vez mais baixos. Mas quando se juntam as comadres… raramente é melhor para o consumidor. A ver vamos.

Novos tarifários TAP

Por muito que custe a alguns (e eu já fui acusado de xenofobia neste blogue), duas das principais figuras do nosso país são brasileiros. Falo, obviamente, do Felipão e do Fernando Pinto, presidente-executivo da TAP.

Quem não está muito atento, continua a reclamar (com ainda alguma razão, admito) que a TAP tem mau serviço, que os aviões são velhos, as hospedeiras antipáticas, etc. É normal, somos portugueses, gostamos sempre mais do que não é nosso. Mas a TAP, além de começar a dar dinheiro (o que também é útil), tem vindo progressivamente a destacar-se na indústria da aviação. E eu hoje não tenho dúvidas: se der para ir na TAP, vou. Até porque, para quem tem medo de andar de avião, um baixo historial de acidentes é um factor que pesa bastante.

Um recente exemplo é a nova estruturação de tarifários, sob a assinatura “1 voo, 5 formas de viajar” que está bem esclarecido no neste novo site.