Perguntas frequentes

Não tens medo de viajar sozinho? Não é perigoso?

Sinto sempre uma certa ansiedade mas medo, propriamente, não. O mundo, em geral, é um lugar seguro, sendo que o bom senso deve sempre imperar. Quando se anda sozinho em viagem, os sentidos ficam mais despertos e atinge-se estados de alerta e de intuição muito maiores.

Em todo o caso, conto que surjam alguns imprevistos (que também fazem parte da aventura) e, claro que sim, podem sempre acontecer coisas mais desagradáveis como assaltos, acidentes, catástrofes naturais, atentados terroristas, etc. Nesses casos, apenas posso tentar ter o máximo cuidado possível e levar um bom seguro de viagem.


E não é aborrecido andar sozinho? Não vais sentir falta de ter alguém contigo?

Sempre gostei de estar sozinho. Não sou um “bicho-do-mato” mas valorizo bastante o tempo que passo comigo próprio e sinto necessidade desse tipo de independência.

Já viajei sozinho durante períodos de férias e correu tudo bem nesse aspecto. Claro que desta vez é diferente, devido à duração da viagem, mas, hoje em dia, é fácil telefonar para casa, falar com amigos no Messenger ou encontrar uma forma de ultrapassar um momento de maior solidão indesejada.

De qualquer forma, e ao contrário do que possa parecer, quando se viaja sozinho está-se muito mais disponível para conhecer e falar com outras pessoas (outros viajantes, gentes locais, os recepcionistas dos hotéis, os empregados dos restaurantes, etc).


És rico? Quanto dinheiro vais gastar?

Não, não sou rico. Sou uma pessoa com um percurso académico e profissional normalíssimo. Apenas poupei algum dinheiro nos últimos anos e, agora, decidi arriscar a segurança e a estabilidade financeira que o emprego me dava para concretizar este projecto. Não tenho nenhuma herança, nem nenhum emprego na empresa da família à minha espera.

Para além dos bilhetes de avião e do seguro de viagem, o meu orçamento diário para dormida, alimentação e transportes é de 50 Euros. É um orçamento razoável uma vez que, em alguns países da América Latina e Ásia, é possível manter-me com bem menos do que isso. Essa poupança vai-me permitir gastar um pouco mais na Austrália e ir fazendo algumas coisas extra (side-trips não programadas, mergulho, tours turísticos, etc).


E o trabalho? Despediste-te?

Estou, por assim dizer, “between jobs”. Rescindi o contrato de trabalho que tinha com a empresa onde trabalhava e ainda não tenho nenhum outro compromisso profissional. Ou seja, é a altura ideal para fazer uma viagem destas. Nós, portugueses, não temos muito este hábito mas noutros países (Inglaterra, EUA, Alemanha, Holanda, etc), é relativamente usual e bem aceite social e profissionalmente fazer-se um “gap year” ou ano sabático.

Quando regressar, tenho a convicção que retomarei a minha actividade profissional “normal”, seja por contra de outrem, como até aqui, ou montando um negócio próprio.


Tens o trajecto todo planeado à partida ou vais indo sem destino?

Tenho o trajecto geral relativamente bem planeado. Não só porque é um percurso que tenta acompanhar as melhores épocas de surf nos diferentes países, como também porque era a única forma de poder comprar um bilhete Round The World, oferecido pelas grandes alianças das companhias aéreas, e beneficiar desse preço especial.

Mas, entre esses voos, tenho toda a liberdade para fazer o que me apetecer e partir mais à descoberta. Se há alguns países onde já tenho uma boa noção dos locais a visitar, noutros nem por isso. E, claro, posso sempre decidir fazer algumas side-trips não planeadas ou alterar as datas dos voos.


Como é que vais fazer com o dinheiro?

Vou usar uma conta bancária específica para a viagem, onde vou depositar o dinheiro que tenho disponível para gastar. Isso vai-me facilitar a gestão do orçamento e permitir controlar melhor se estou a gastar a mais ou a menos.

Para levantar dinheiro e efectuar pagamentos vou confiar nos cartões de débito e crédito da rede Visa, associados a essa conta.

Levo também mais dois cartões de reserva, pertencentes a outra conta, no caso de alguma coisa correr mal ou de perder os cartões da conta “principal”. Para movimentar o dinheiro entre contas, caso seja necessário, ou para fazer operações correntes utilizarei os serviços de netbanking.